*Por Osmar Gomes dos Santos
Djalma Rodrigues. Um homem que conheci e tive oportunidade de trabalhar ao seu lado na Câmara de Vereadores de São Luís. Eu secretário-chefe do Gabinete da Câmara e ele diretor de Comunicação, na gestão do meu grande amigo, o saudoso João Evangelista.
Homem valoroso, probo, íntegro e correto no que falava e escrevia, um jornalista, um radialista, um editor e um blogueiro que sabia lidar com as vaidades da vida sem se corromper, sempre com muita humildade e, acima de tudo, uma conduta ética.
Foram 45 anos dedicados ao dever de bem comunicar, missão que cumpriu com maestria. Iniciou as atividades na Região Tocantina, no periódico O Jornal e, depois, no Jornal do Tocantins, na Direção de Redação.
Na capital maranhense, foi repórter dos jornais o Estado do Maranhão, Pequeno, repórter e diretor de Redação do Jornal de Hoje, editor-chefe do jornal Atos e Fatos, blogueiro e apresentador da Rádio Capital.
Além da Câmara Municipal, foi diretor de Revisão do Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado (SIOGE), prestou serviços à Assembleia, foi assessor de comunicação da Corregedoria Geral da Justiça e consultor na Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM).
Djalma era irmão do desembargador aposentado José Bernardo Rodrigues, a quem direcionamos os nossos sentimentos pela perda, assim como à viúva Elineusa Rodrigues, a quem resta parabenizar pela escolha peculiar que fez para dividir a vida, na certeza de que ele seguirá com todos aqueles com quem compartilhou um pouco do seu ciclo neste mundo.
Era um profissional obstinado a fazer o bom jornalismo. Dedicava-se à profissão com esmero, cumprindo de forma escorreita os preceitos da profissão, o código de ética e o juramento com o qual se comprometeu a cumprir. Assim o fez.
Recebeu homenagens de todos os poderes e inúmeros órgãos e profissionais de diversas áreas. Isso mostra sua dimensão como profissional, mas, acima de tudo, como ser humano.
Era daqueles camaradas que chegava nos espaços e mudava o ambiente. Sempre positivo, alegre, extrovertido. Deixava animadas as rodas de conversas e tinha sempre uma palavra de otimismo, ainda que diante das adversidades e frustrações enfrentadas.
Aos 66 anos, perdeu a luta para um câncer no estômago, desafio pela vida que enfrentava há pouco mais de um ano. Deixa órfão um teclado com o qual se dedicava redigir as páginas desta vida, para entrar, com júbilos, para a redação celestial.
Juiz de Direito da Comarca da Ilha de São Luís. Membro das Academias Ludovicense de Letras; Maranhense de Letras Jurídicas e Matinhense de Ciências, Artes e Letras.