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Osmar Gomes
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A África é literária

Osmar Gomes Por Osmar Gomes
30/05/2025
À  BEIRA DO COLAPSO

*Por Osmar Gomes dos Santos

Por muito tempo, acostumamo-nos a olhar para os próprios umbigos ou a esticar os olhos além-mar para enaltecer a literatura europeia. Não há problema algum na valorização de escritores europeus, muitos dos quais influenciaram diretamente a nossa produção literária.

Ocorre, no entanto, que o referencial no fim do horizonte revela muito mais da cultura do que aquela à qual nos habituamos a admirar. Refiro-me à literatura do continente africano, com produções riquíssimas oriundas de países como Nigéria, África do Sul, Ruanda e Angola, para citar apenas alguns.

Trago aqui o emblemático e bem-sucedido caso do escritor angolano Artur Maurício Pestana dos Santos, conhecido pelo pseudônimo Pepetela, que recentemente esteve em São Luís (MA) para participar do projeto Conversações de Além-mar.

Pepetela escreve com o coração, ao retratar os problemas vividos por seu povo diante do grave quadro social ainda enfrentado por diversas nações africanas. Sua obra reflete a história contemporânea de Angola e os percalços que aquela sociedade continua a enfrentar.

Sua literatura de cunho social projetou-o como um dos mais importantes escritores angolanos da atualidade, ao narrar, em seus escritos, situações que ora revelam os carmas sociais de sua gente, ora testemunham sua própria trajetória, retratando vivências que se confundem, a todo instante, com as das pessoas daquele país.

Um dos aspectos abordados, e que certamente constitui uma pauta que se estende por praticamente todo o continente africano, é a luta contra o colonialismo, responsável por mazelas que, por muito tempo, afundaram a sociedade em problemas de toda ordem.

Tal como tantas outras dezenas de ex-colônias, Angola ainda sofre os efeitos da colonização e enfrenta profundos desafios em seu sistema político pós-independência.

No que se refere a Pepetela, cumpre destacar que sua trajetória começou a mudar no fim da adolescência, quando morou em Lisboa para cursar o ensino superior. Ali, em meio a tantos críticos, desenvolveu uma visão política anticolonialista e antifascista, que viria a se tornar sua marca de atuação por meio da escrita.

Participou ativamente da luta pela independência de seu país, ao integrar o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), tendo participado, inclusive, da luta armada. Essas páginas tornaram-se eternizadas em sua biografia.

O pseudônimo Pepetela, aliás, advém dessa fase e significa “pestana” na língua umbundu. No entanto, a verdadeira guerra que sempre buscou travar foi com papel e caneta, contribuindo para a edificação de Angola.

Após a independência, Pepetela atuou no governo como vice-ministro da Educação e dedicou-se à docência, lecionando Sociologia. É membro fundador da União dos Escritores Angolanos, e sua obra lhe rendeu, em 1997, o renomado Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa.

Pepetela possui uma vasta obra, geralmente atravessada por temáticas sociais, como é o caso de Mayombe, considerada sua produção de maior destaque. Todavia, há espaço também para outros títulos, nos quais o leitor encontrará engajamento político, nacionalismo crítico, fatos históricos, mitos, tradições e a formação da identidade angolana.

Os escritos de Pepetela são testemunhos da história da sociedade angolana, o que, certamente, nos convida a refletir sobre os referenciais literários aos quais estamos acostumados. Que tal variar um pouco e fazer uma viagem de retorno ao continente africano?

*Juiz de Direito da Comarca da Ilha de São Luís. Membro das Academias Ludovicense de Letras, Maranhense de Letras Jurídicas, ALMA – Academia Literária do Maranhão – e AMCAL – Academia Matinhense de Ciências, Artes e Letras.

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