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Osmar Gomes
Home IV - Poesia 3- Crônica

MINHA TERRA TEM POETAS

Osmar Gomes Por Osmar Gomes
05/05/2023
DO OUTRO LADO DA TELA

*Por Osmar Gomes dos Santos

Minha terra tem poetas, palmeiras e sabiás. Aves, céu de estrelas e bosques com mais vida e alegria.

A terra em questão é aquela da qual falei e falo com paixão. Se há lugar mais lindo desconheço, esse é meu Maranhão, terra de Gonçalves Dias. Terra do índio, mulato, caboclo, do branco, do pardo e do preto. Das misturas de cores, de raças, de gente, para formar um só povo que brinda mais um grande nome da nossa literatura raiz, daquela vinda de gente como a gente.

Em 2023 é comemorado o bicentenário de Gonçalves Dias. Tal como tantos outros poetas, ele também marcou uma geração que formou a “nata” de escritores e que colocou o Maranhão, de forma permanente, no mapa da literatura brasileira.

Neste momento importante do bicentenário, minha reverência a Gonçalves Dias; mas as vozes da história me permitem estender homenagens a tantos outros poetas que este chão viu brotar e florescer. Ao enaltecê-lo, faço a cada poeta maranhense que retratou seu povo e deixou ensinamentos para a posteridade.

Filho da mistura de um povo e das relações paralelas, sem oficialização, fora dos “padrões” da época. O pai era um comerciante português, de pele branca; enquanto a mãe lhe deu traços do índio e do negro. Um mestiço daquilo que o Brasil tem de rico em seu DNA.
Como muitos filhos deste solo, o estudo superior foi buscar além-mar, em chão português, onde a falta de calor, fez um coração gélido e solitário rascunhar na ponta dos dedos a Canção do Exílio. Escrito saudosista que marcou a carreira do escritor, sendo uma de suas grandes composições. Poema cujo trecho da letra foi costurado em nosso Hino Nacional. Não por acaso, todavia uma constatação de que “nossos bosques têm mais vida, nossa vida, no teu seio, mais amores”. Versos que representam a marca de um povo, mas que não traduziram a vontade do escritor: “…não permita Deus que eu morra, sem que volte para lá…”. Após idas e vindas entre Portugal e Brasil, um naufrágio submergiu todo aquele desejo de sempre regressar à sua terra natal.

Mesmo homem já formado, carregava a sina de ser um mestiço, quase uma sentença condenatória em uma sociedade racista. Fardo que lhe trouxe desventuras amorosas, impossibilitando a união com aquela por quem nutria um grande amor. Como ele mesmo dizia, estava “longe de ser fidalgo de sangue azul”. Entretanto ele era preparado, pois além de escritor, foi professor, servidor público. Integrou a primeira geração do Romantismo no Brasil, com tons marcados pelo enredo indigenista e nacionalista.

Ah! Gonçalves Dias, soubesses tu que o índio retratado por ti, já não tem a caça e o prato de comida lhe falta… Suas terras foram tiradas e as poucas que sobrou ainda são saqueadas pela ganância, como se a riqueza material valesse mais que um povo.

Neste centenário que se aproxima, entoemos os versos de Gonçalves Dias a ponto de nos trazer a inquietação, de nos fazer cismar sozinhos, dia e noite. Que seu legado nos ensine que tudo na vida tem um preço e que nossas atitudes deixam marcas indeléveis na posteridade, para o bem ou o mal. Que seus versos nos devolvam a esperança de um convívio em harmonia com a natureza esplêndida. Para que em cada palmo desta terra, possamos avistar as palmeiras, onde canta o Sabiá e a Arara faz seu ninho.

*Juiz de Direito da Comarca da Ilha de São Luís.Membro das Academias Ludovicense de Letras; Maranhense de Letras Jurídicas e Matinhense de Ciências, Artes e Letras.

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