*Por Osmar Gomes dos Santos
Dia 6 de outubro, o primeiro domingo que, como a cada dois anos, como reza a Constituição Federal, vamos sair às ruas para exercer um dos direitos de escolher nossos representantes. Trata-se de um direito político e, sobretudo, um dever cívico que cabe a todos.
Como já disse em outras oportunidades, muitos seguem um ritual quase que de forma religiosa: prepara os documentos, escolhe a roupa e define o horário para marcar presença nas urnas.
Filas são enfrentadas até com certa satisfação. Momento de rever amigos antigos e deixar o papo correr solto pelos corredores. Fala-se de tudo: de política e da esperança de mudanças que claramente carregamos.
Concluído o dever cívico, é hora de reunir com amigos e familiares, para partilhar aquele almoço de domingo especial e aguardar a hora do tão esperado resultado do pleito eleitoral.
De um lado, a alegria daqueles que tiveram seus candidatos eleitos. Do outro, a pontinha de tristeza de não ter sido dessa vez. O ponto de equilíbrio é a tolerância e o respeito com o resultado das urnas, que sempre falará mais alto em um país democrático.
Temos um sistema seguro, bom que se diga e repita, para que não voltemos a pairar uma sombra negra de dúvidas infundadas sobre o nosso processo eleitoral. Elegem-se pessoas de direita, de esquerda, com muita ou pouca instrução, homens, mulheres, gays, lésbicas, travestis, indígenas, brancos e negros, pobres e ricos.
Um processo que traz a expressão máxima da democracia nos dias atuais, longe de ser perfeito, mas perto daquilo que entendemos como ideal.
Ao longo das últimas semanas, candidatas e candidatos ocuparam o espaço público com propagandas, discursos, planos de governo. Como se diz na linguagem popular, venderam seu peixe da forma como cada um entendeu mais conveniente.
O eleitor pôde analisar as propostas e, de forma clara, tomar sua decisão. Agora, sem embaraços, é momento de decidir sobre os rumos da sua cidade para os próximos quatro anos.
Serei um pouco mais econômico em razão da ocasião e não pretendo estender-me para além deste parágrafo. Guardemos tempo para refletir e fazer as escolhas que entendermos mais acertadas, sempre lembrando que a cidadania vai além de depositar o voto, exige participação ativa da vida política.
Boa eleição.
*Juiz de Direito da Comarca da Ilha de São Luís. Membro das Academias Ludovicense de Letras; Maranhense de Letras Jurídicas e Matinhense de Ciências, Artes e Letras.